Uma Amiga enviou-me um link de um
texto que odiei (ESTE) preocupada em saber se eu me revia naquelas linhas.
Confesso que percebo muitas das
coisas que lá estão escritas mas o sentimento é totalmente diferente. Quis
pegar naquelas palavras e fazer um exercício que poderia ser pedido numa qualquer aula
de Português... reescreve-lo. Aqui vai! Obrigada Kika por este “desafio”.
Um agradecimento especial aos meus Amigos e
Família
Obrigada ao Martim, o homem por quem me apaixonei nos tempos em que as minhas únicas preocupações eram as aulas e as festas – de salientar que a medida das minhas preocupações é directamente proporcional à grandeza das minhas alegrias.
Obrigada aos meus
filhos, que “já” são 3 e que mudaram tudo na minha vida...
Tentado voltar à
minha cabeça de criança e adolescente acho que (felizmente, e fora momentos esporádicos
de crises sentimentais) sempre achei que era tão feliz quanto qualquer pessoa
poderia ser.
Uma Família que adoro, uns amigos “Amigos”, experiências
memoráveis, um Colégio “2ª casa” e um bairro que me viu crescer (com pessoas
muitas-caras-sem-nome que me cumprimentam na rua...).
Estava
enganada... eu podia ser mais feliz ainda!
Incrédula?
Fiquei...
Incrédula? Ainda
estou!! Porque o tempo passa e a felicidade aumenta!
3 filhos dá
trabalho? (respondo com a mesma nota: a medida das minhas preocupações tem
vindo a revelar-se directamente proporcional à grandeza das minhas alegrias).
Obrigada à minha
Família, um grande Obrigada, facilitam (nem consigo dizer o quanto, mas...)
tanto a minha Vida Familiar. E preenchem-na de coisas tão boas.
Não estou tantas
vezes com os meus amigos quanto gostaria... Ou melhor, até estou!!
Correcção:
não estou tantas vezes com todos os amigos com quem gostaria de estar. Mas
também oiço amigos sem filhos a queixarem-se do mesmo, entre eles.
Se os há
presentes, há.
Tenho amigos
presentes na minha vida que são também pilares na vida dos meus filhos.
Tenho
amigos que fazem programas só para adultos mas que também fazem programas a
contar com os meus filhos. E fazem-no por gosto, eu sinto!
Fui Mãe cedo e
poucos dos meus amigos têm filhos, mas os meus amigos gostam de sair à noite
com os Pais e gozar de dia os nossos Filhos.
Se isto acontece
sempre? Não.
Se eu queria que
acontecesse sempre? Não.
Com que
frequência acontece? Com alguma regularidade.
Às vezes estou
cansada e rabujenta. Às vezes grito. É culpa dos meus filhos? Não.
Vejo muita gente
cansada e rabujenta, sem filhos.
Os motivos podem
ser diferentes o resultado é, muitas vezes, o mesmo.
Enquanto Mãe
tenho mais responsabilidade, mais preocupações, uma vida muito mais completa e
uma alegria enorme.
Não estou sempre
divertida nos jantares, às vezes estou cansada, mas, às vezes, os meus amigos
sem filhos também estão. É a Vida. Mas riu-me muito. Muitas vezes. Sou tão
feliz!
Sou chorona. Já
chorei de desespero, de desilusão, de cansaço, de nervosismo... Sim! Mas choro
muito mais vezes de emoção, de alegria, de orgulho inexplicável por todas as
conquistas a que assisto no dia-a-dia dos miúdos. Às vezes gosto de me afastar
e ficar tipo “miróne”, sem intervir, a ver as brincadeiras, conversas e
actividades deles...
Quando estou
cansada, quando estou exausta, quando me acordam de noite, me chamam para
“limpar o rabo” enquanto outro entorna a água no chão, se molha, e um chora
desesperadamente porque quer comer e, ainda apanho as almofadas do sofá todas
riscadas... nem penso. Não tenho tempo. Ajo tipo máquina de socorro.
Os meus filhos
dependem de mim, adoro que isso aconteça e tenho um secreto receio do que possa
sentir quando deixar de ser assim.
É
grande o cansaço, a responsabilidade e as preocupações, mas são
incomparavelmente maiores as minhas alegrias.
Todos os dias
aprendo a ser Mãe;
Nem todos os dias
sou uma boa Mãe;
Sou a melhor Mãe
que os meus filhos poderiam ter;
São os melhores
filhos que eu podia desejar.
Não somos perfeitos,
nem todos as horas são dignas de registo. Tenho gravadas no coração memórias
deliciosas destes últimos anos.
Agradeço a Deus
por este milagre da Vida e por este tesouro mais-que-precioso que colocou nas
nossas mãos.
Um passo tão
grande e tão importante para um casal tão jovem na altura... não sonhávamos a
grandeza do que iríamos viver.
A nossa primeira
filha veio mudar tudo;
Correcção:
A nossa primeira filha veio abrir-nos a porta para tudo o que de melhor existe
neste mundo.
A minha cabeça
não é o que era. Estou distraída e esquecida mas faço tantas outras coisas
melhor do que fazia... Tantas!
Só
profissionalmente não me sinto completamente realizada mas isso é
insignificante ao lado de tudo aquilo que conquistei e, espantem-se, não é por
ter filhos que isso acontece.
Encontrei-me
enquanto Pessoa, enquanto Mulher, enquanto Mãe, enquanto Amiga (já não passo
horas ao telefone com as minhas Amigas, mas elas ainda me ligam quando precisam
de mim e insistem quando eu não atendo o telefone!).